quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A pérola esportiva de 2009...

Já ganhei a minha pérola esportiva do ano.
Nada será igual em 2009.
Já tive o meu GREAT MOMENT... e não fiz nada para isso...simplesmente fui ao Beirute beber uma antártica com um amigo recém chegado da Europa quando este me revelou cenas incríveis de um dos maiores atletas brasileiros na atualidade...etílicas...mulheríferas...e afins...em um destes bordéis do velho mundo...e o cara jogando mal...e uns otários torcendo para ele...e o cara todo fim de semana(ou quase todo, mesmo) frequentando, agitando e perturbando o camarim deste amigo meu que estava ali ganhado o seu pão fazendo som bom do Brasil...ainda bem que não torço mais...

E o pior é que este é "protegido" de grande parte da mídia. Tem outros também...Mas esse é TOP!
Me fez entender um pouco do que vi na Copa de 2006 e me fez parar de torcer. Uns são atletas, uns já foram. Talvez ainda sejam de novo...Se continuarem caindo de bêbados nos bordéis da avida toda semana e incomodando o trabalho do meu amigo(afinal de contas os caras jogam cerveja no chão, enchem o camarim de mulher e ainda sobem no palco para dar canja...Vão tirar o emprego de músico do meu amigo brasileiro)!

Milionários! Não precisam mais de trabalho!
Só pode ser isso!
Por isto me deram esta pérola de compreensão enorme...

domingo, 28 de dezembro de 2008

A vida por uma fita de VHS

E a contusão da Jade? E a da Laís, e a da Dayane? Da forma que estas meninas vinham treinando, melhor a lesão do que um ataque cardíaco. I MEAN IT!!! Esporte de alto nível não é saúde. As doses cavalares de Arcoxia e afins que embotavam a percepção da dor, escondiam as lesões. No caso de Jade, foi divulgado ontem que a lesão pode ser irreversível...

Esperamos que não seja. Esperaríamos que o caso pudesse causar uma comoção suficiente para mudar algo na estrutura do esporte do Brasil. Políticas públicas que pudessem dar suporte médico, psicológico e financeiro para os atletas. O que temos são bolsas. Renovadas baseadas nos resultados obtidos. Não deu resultado, perde dinheiro. Contundido um atleta pode perder o seu ganha pão. O processo desumano leva uma série de atletas ao limite.

Enquanto isso, as verbas para as Federações Esportivas cresce como nunca no Brasil. Depois de 2.000 o esporte deixou de ser pobre no Brasil. Os atletas não.

O que preocupa mais é a vida pós-esporte. Muitas vezes depois de atingir o limite os atletas se esgotam física e mentalmente e levar uma vida normal (sem dores físicas, psicológicas e muitas vezes morais) fica difícil.

No mundo inteiro é assim. A competitividade leva atletas a perseguir cegamente um objetivo. Só que no Brasil os caras ganham uma medalha...alguns trocados e depois disso... têm que se virar para pagar o papel higiênico!

E muitas vezes o esporte fica no sonho. E nas lembranças de uns poucos afixionados pelo esporte. E dos atletas que deram a vida, a saúde e o melhor de si por umas medalhas, uns recortes de jornal, uma fita velha de VHS gravada do Globo Esporte...


sábado, 27 de dezembro de 2008

Eu também lembro, Julien

Finalmente abrem a caixa de Pandora da arbitragem do basquete nas Olimpíadas. Tive exatamente a mesma impressão que a árbitra francesa de bqsquete Chantal Julien. Ela disse à revista Basketnews, que os Estados Unidos foram beneficiados na final dos Jogos Olímpicos de Pequim, contra a Espanha.

Ela achou estranhas as atuações dos árbitro Pablo Estévez, Romualdas Brazauskas e Carl Jungebrand na finalíssima. O Placar de 118 a 107 é o que menos importa. Em alguns momentos em que a Espanha pôde ameaçar claramente os EUA no jogo (isso é opinião minha) os árbitros faziam marcações que me deixariam ensandecido se eu fosse um espanhol. Eu pensava, " Parece que tão garfando a Espanha...".

Julien disse:

- Na final a Espanha foi prejudicada. Foi vergonhoso. Só tinha que apitar o mais evidente. Não se apitava a mesma coisa com os Estados Unidos em relação ao resto das equipes, argumentou.

Já vi árbitros de futebol fazendo o mesmo (com mais absoluta certeza) dentro e fora do país.

Se Pablo Estévez, Romualdas Brazauskas e Carl Jungebrand estavam mesmo mal intencionados, não sei. Só sei que quando um árbitro quer prejudicar alguém costuma fazer isto que ela disse (e que eu achei claramente que acontecia na hora). Além de só marcar as faltas MUITO EVIDENTES(o mais evidente só é pouco, cara Julien) vi punições no mínimo estranhas contra a Espanha durante o jogo em momentos chave (quem assistir ao tape vai ver).

No jogo citado por Julien não se trataram daquele lances mais ou menos duvidosos que as câmeras vêem e o juiz não... Ou de um pênalti que só o juiz viu (como no caso do Sphandiar Baharmarst que marcou um pênalti do Júnior Baiano contra a Noruega na Copa de 1998) e que depois as câmeras de TV mostraram.

Tratou-se UMA SÉRIE de lances claríssimos não marcados e de coisas INEXISTENTES em momentos em que seria no mínimo MUITO CONVENIENTE marcá-las para SEGURAR os Espanhóis.

Desde os jogos da Coréia contra Itália e Espanha na Copa do Mundo de Futebol de 2002 eu não via algo assim. Brasil X Rússia na Final das Olimpíadas de 1988 de Futebol foi assim também. Seu René Bigard apitou muito mal aquela final. Sílvio Luis quase morreu narrando o jogo.

Respeito muito o trabalho de árbitros e assistentes. E acho difícil também. Muita gente competente como Ana Paula de Oliveira é punida ao sinal do menor erro. Injustamente. Nunca vi os que SEGURAM o JOGO (de forma inteligente, diga-se de passagem) serem punidos. São até tidos como grandes árbitros. Lógico. Não críam polêmica. Não seríam tolos a este ponto.

Alguns deles dão consultorias e falam em grandes emissoras de TV. Eu penso, " Será que ninguém lembra do que este cara fazia quando apitava?" Pelo visto há árbitros, como Julien, que lembram. Outros deveriam lembrar também. Botar a boca no trombone? É para poucos.

Eu também lembro, Julien.


O peru de Natal


Nasce no Natal de 2008 o Blog que eu queria escrever desde o Natal de 1979. Pena que não existia in
ternet e que eu não sabia ler nem escrever aos 5 anos de idade...

Naquele Natal, o meu padrinho, um grandalhão sádico que queria cortar o meu peru e jogar na feijoada (me aterrorizando) me convenceu a deixar de ser América(Deus sabe como ele me convenceu) e me tornar Flamengo.

Talvez não tenha sido ele...talvez tenha sido o Zico de 1980, ou o Flamengo todo de 1981 que me convenceram a ser Flamengo. Eu com 7 anos de idade e meu primeiro ídolo estraçalhando, campeão do mundo.

Primeiro, mas não o único...Nelson Piquet campeão do mundo em 1981 foi um piloto ímpar. Quem lembra do que ele fez, como fez e contra quem fez sabe do que estou escrevendo....

Vi nesta época também um grande volei campeão do mundialito com um ataque do Xandó. No time também havia Bernard, William e outros. Mostraram o rumo que o Brasil tomaria. Não sem antes ficar atrás muitas vezes de Cuba, USA, Itália e CCCP. Mesmo assim, ali chegamos no topo do esporte. De lá não mais saímos.

Tinha também a seleção do Telê goleando quase todo mundo. Linda, maravilhosa. Para mim esporte era sinônimo de emoção, vitória, velocidade, garra, técnica apurada e show. O time do Telê tinha tudo isso. Piquet, Zico e Xandó também tinham.

Veio 1982, ganhamos o Bi-Brasileiro com um gol do Nunes em cima do Leão em pleno Olímpico - nesta época o Flamengo ganhava finais em pleno Olímpico. Entrei no oba oba de. um cara chamado Pacheco. Seríamos campeões do mundo.

O volei do Brasil era o melhor, o piloto também, tínhamos o Zico e o Dinamite (que deu trabalho em um jogo cheio de chuva nas finais do Carioca de 1981 quando um flamenguista que eu gostava, só porque era flamenguista, um tal de Cláudio Coutinho tinha morrido). Os indícios eram óbvios, ululantes.

Todos sabíam que seríamos campeões da Copa do Mundo de 82. Tinha só um gordo na TV, um tal de Jô, que reclamava do Telê "Bota ponta, Telê!". Eu não entendia aquele chato. O Brasil vinha ganhando os jogos. No dia da festa do meu aniverario, 02 de julho, o Brasil trucidava a Argentina, com direito a sambadinha do Júnior com seu black power.

Todos os meus ídolos eram os melhores!

No Brasil X Itália da (aquele time que tinha arrancado um empate de Camarões e se classificado por milagre) o mundo caiu. Desabou. Conheci a derrota no estádio do Sarriá. Chorei que nem o menino da capa da Veja. Não saiu na revista mas chorei.

Logo depois vi o Brasil perder o mundial de vôlei quase chegando lá. Vi o Flamengo perder para o Vasco na final do carioca. O Piquet perder para um piloto finlandês. E aprendi o outro lado da moeda. Para alguém ganhar, alguém tinha que perder. Se não dava tudo empate...

O resto virou história...caramba, saí do natal e cheguei aqui...